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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Polímeros retorcidos criam músculos artificiais mais fortes do que os naturais


Polímeros enrolados Músculos artificiais feitos pelo enrolamento de fibras de nylon. Espessuras (de cima para baixo): 2,45 mm, 860 μm, 280 μm e 150 μm (cada μm, ou micrometro, equivale a 0,001 mm). Crédito: Science/AAAS
Linhas de costura e pesca foram usadas no desenvolvimento de músculos artificiais que podem suportar pesos até 100 vezes maiores do que músculos humanos de mesmo comprimento e peso, afirma uma equipe de cientistas.

“A simplicidade é a beleza desta tecnologia”, disse Ray Baughman, especialista em química da Universidade do Texas em Dallas e líder do estudo, descrito na edição de 20 de fevereiro do periódico Science. Segundo o próprio Baughman, até mesmo estudantes de ensino médio poderão construir os artefatos do conforto dos seus lares.
Fazer um desses músculos artificiais é uma questão de torcer — normalmente com o uso de uma furadeira (berbequim) — linhas de pesca e costura, compostas por polímeros muito resistentes.
O resultado da torção é um músculo fibroso capaz de mover um rotor pesado a uma velocidade de mais de 10 mil rotações por minuto.
Em situações de torção extrema, a fibra se enrola, como podemos verificar facilmente com um anel elástico. Enrolar a fibra na mesma direção da torção cria músculos que se contraem quando expostos ao calor e se expandem quando resfriados. Porém, caso as direções de enrolamento e torção sejam distintas, o calor provoca a expansão do músculo.
As aplicações da técnica podem abarcar dispositivos automáticos de abertura e fechamento de janelas para o controle da temperatura de um ambiente e vestimentas que permitam uma melhor evaporação do suor na superfície da pele (através da expansão das fibras) para a manutenção da temperatura do corpo. Os pesquisadores reportam que, além desses usos práticos, a tecnologia pode vir a aprimorar os movimentos dos membros de robôs, androides e exoesqueletos mecânicos, nos quais o calor, que provoca os efeitos de contração e relaxamento da fibra, pode ser substituído pelo estímulo elétrico:
“Os robôs humanoides, exoesqueletos ou membros protéticos atuais são mecanicamente primitivos”, observa Baughman, uma vez que dependem da energia provida por motores ou pela hidráulica, fazendo com que essas peças mecânicas sejam menos habilidosas do que uma mão humana, por exemplo.
Outros cientistas já haviam criado músculos artificiais a partir de ligas metálicas que “memorizam” seu formato original, voltando ao normal sempre que há uma reversão do estímulo que instiga a contração ou expansão da liga. No entanto, estes materiais, geralmente compostos de níquel e titânio, chegam a custar US$ 5 mil por quilograma. Existem, ainda, músculos feitos de fibras de carbono ocas, denominadas nanotubos de parede única (single-walled nanotubes — SWNTs), mas, novamente, seus custos são altos demais.
Aliás, foi o trabalho com SWNTs que levou Baughman e seus estudantes a pensarem na possibilidade de existência de um material com uma característica comum em relação aos nanotubos de carbono: a maioria das fibras destes seguem alinhadas pela extensão da linha, garantindo que, executado um estímulo elétrico que altera o comprimento de uma das fibras, as que estiverem ao seu redor seguirão a mesma tendência, provocando a expansão ou retração da linha. Os pesquisadores descobriram que polímeros plásticos, como os feitos de nylon, também possuem este alinhamento especial.
Os resultados do estudo surpreenderam. A aplicação do calor contraiu os fios de polímeros em pouco mais de 50% (em contraste, músculos naturais se contraem em cerca de 20%) e, extinta a fonte de calor, os fios retornaram ao comprimento original. Os materiais — cujos preços são estimados em pouco mais de US$ 5,00 — requeridos para a formação dos músculos artificiais podem ser obtidos nas prateleiras de lojas comuns.
Apesar de os músculos artificiais fibrosos ainda não conseguirem converter energia elétrica em mecânica com muita eficiência, Baughman ressalta não haver outra aplicação de desempenho tão bom quanto o dos músculos de polímeros enrolados.
Fontes: Science, LiveScience

sábado, 15 de fevereiro de 2014

40 concelhos para o sucesso

www.dinheirovivo.pt

Saúde, trabalho e dinheiro são os desejos mais frequentes do comum dos mortais. Mas é o trabalho que faz a diferença e vários especialistas em comportamento e recursos humanos defendem que o ser humano deve trabalhar todos os dias para melhorar a sua vida pessoal e profissional. Jelly Wong, designer em Hong Kong e autora de várias reflexões sobre comportamento  para o Social Behavior Journal, criou uma lista de 40 dicas para ajudar qualquer um a cumprir este objetivo. Se conseguir cumprir 10, já é positivo.

1. Leia um livro todos os dias
2. Aprenda uma nova língua
3. Escolha um novo hóbi
4. Tire um curso novo
5. Crie um espaço inspirador
6. Enfrente os seus medos
7. Aperfeiçoe os seus talentos
8. Acorde cedo
9. Tenha uma rotina física semanal
10. Crie uma espécie de livro pessoal ou diário de bolso
11. Escreva uma carta para si próprio no futuro
12. Saia da sua área de conforto
13. Lance um desafio a alguém
14. Identifique os seus pontos fracos
15. Peça feedback sobre um assunto
16. Concentre-se numa lista de "coisas a fazer"
17. Estabeleça grandes objetivos
18. Reconheça as suas falhas
19. Entre em ação
20. Aprenda com as pessoas que o inspiram
21. Desista de um mau hábito
22. Cultive um novo hábito
23. Evite pessoas negativas
24. Aprenda a lidar com pessoas difíceis
25. Aprenda com os seus amigos
26. Lance um jornal
27. Inicie um blogue sobre desenvolvimento pessoal
28. Torne-se mentor ou treinador de alguém
29. Reduza o tempo que passa nos chats das redes sociais
30. Aprenda a jogar xadrez ou outro jogo de estratégia
31. Pare de ver televisão
32. Inicie um desafio de 30 dias
33. Medite
34. Melhore as suas capacidades de anfitrião de eventos, aprendendo técnicas para falar em público
35. Faça amizades com pessoas de topo nas suas áreas de atividade
36. Largue o passado
37. Inicie uma aventura empresarial
38. Mostre bondade para com as pessoas que o rodeiam
39. Fale com as pessoas que o odeiam
40. Faça um intervalo

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Doenças Degenerativas da Coluna Vertebral



Autor: Daniel Damiani, 2011.



Epidemiologia
  • 60-70% da população possui dor lombar.
  • 85% dos casos a dor é mecânica ou inespecífica, isto é, não atribuída a doença específica (neoplasias, infecções, artrite reumatóide, osteoporose, fratura ou inflamação).
  • Incidência de hérnia discal = 3%.
  • Indicação cirúrgica nos idosos: estenose lombar.
  • 3ª década: degeneração cervical discal ~10%.
  • >65 anos: degeneração cervical discal
  • ~95%. Degeneração responde por 70-90% das radiculopatiascervicais, sendo as hérnias, detectadas como causa em 22% dos casos.
Fisiopatologia
  • Terço externo no ânulo fibroso e o ligamento longitudinal posterior possuem nociceptores.
  • Quando ocorre uma ruptura da placa ou do ânulo a perfusão diminuirá = isquemia + desidratação = início da cascata degenerativa!!!
  • Núcleo pulposoperde sua capacidade de reter água (edema hidrostático), reduzindo também seu conteúdo de proteoglicano.
  • Degeneração mucóide+ infiltração de tecido fibroso + neovascularização = DOR!!!
  • Disco perde sua capacidade de suportar peso e redistribuí-lo.
  • Há redução dos espaços discais.
  • Hipertrofias de facetas, ligamentos com perda da elasticidade.
  • Surge uma formação osteofitáriana tentativa de conter o excesso de movimento.
  • Há processo inflamatório local: fosfolipaseA2, PGE, substância P, NO, metaloproteinases.
  • Conclusão: a dor possui substrato biomecânico e bioquímico!!!
  • Estenose vertebral:
    • Diminuição da área do canal;
    • Compressão mecânica direta ou indireta (aumento da pressão intratecal);
    • Congestão venosa e hipoperfusão;
    • Piora do quadro na exigência metabólica daqueles nervos!
    • Ortostatismopode piorar o quadro por reduzir ainda mais os espaços intervertebrais.
    • Alterações medulares cervicais: degeneração da substância cinzenta central (ao nível da compressão); degeneração das colunas posteriores acima da lesão e desmielinizaçãodas colunas laterais abaixo da lesão.
Clinica
  • Dor local ou irradiada; Alterações neurológicas por compressão radicular.
Raiz NervosaDorSinais de Fraqueza MuscularHiporreflexiaAlteração Sensitiva
L4 (L3-L4)Art. Sacroilíaca, quadril e face anterior da coxaQuadríceps femoralPatelarMaléoloe Pé, medialmente
L5 (L4-L5) Art. Sacroilíaca, quadrile face póstero-lateral da coxa e pernaTibial anterior (dorsiflexãodo háluxe pé) Lateral da perna, 1º dedoe dorso do pé
S1 (L5-S1)Art. Sacroilíaca, quadrile face posterior da coxa até o tornozeloGastrocnêmio(flexão plantar), extensor longo do háluxReflexoAquileuPanturrilha, maléoloe pé lateralmente
  • Sinal de Laségue indica hérnia discal em L4-L5 ou L5-S1.
  • Dores lombares isoladas e súbitas geralmente apresentam resolução em 2 semanas.
  • Pacientes com dores de repetição, persistentes (12 semanas), dizemos crônicos.
  • Hérnias Cervicais:
    • Difícil determinar a estrutura que esta causando a dor: faceta, cápsula articular, discos, músculo, ligamento...
    • Secundária ao prolapso discal, osteófito e instabilidade do segmento espinhal.
    • Sintomas surgem ao despertar pela manhã.
    • Pode ocorrer parestesias com/sem braquialgia.
    • Manobra de Valsalva agrava o quadro.
    • Alívio pode ser obtido por elevação dos braços ou apoio das mãos na região posterior da cabeça.
    • Cervicalgia geralmente melhora em dias/semanas, recidivando em 10% dos casos.
Raiz Nervosa Dor Sinais de Fraqueza Muscular Hiporreflexia Distúrbio Sensitivo
C5 (C4-C5) Cervical, ombro e escápula Deltóide, supra-espinhal e infra-espinhal Bíciptal e Estilorradial Ombro e face súpero-lateral do braço
C6 (C5-C6) Cervical, ombro, face lateral do braço, antebraço e mão Bíceps e braquiorradial Bíciptal e Estilorradial Face lateral do antebraço, primeiro e segundo dedos
C7 (C6-C7) Cervical, ombro, face posterior do braço, antebraço e terceiro dedo Tríceps, extensores do cotovelo e do punho e flexores do punho Tríciptal Segundo e terceiro dedos
C8 (C7-T1) Cervical, ombro, face medial do antebraço, mão e 5º dedo Flexores do polegar, adutores e M. intrínsecos Face medial da mão, 4º e 5º dedos
Principais Doenças Relacionadas
  • Hérnia de Disco Intervertebral:
    • Pico: 35-45 anos de idade.
    • 2/3 na região lombossacral – L4-L5-S1.
    • Nas cervicais: mais comum C5-C6 e C6-C7.
    • Dor lombar geralmente com ciatalgia típica com sinal de Laségue + em 98% dos casos.
    • Nas ciatalgias é frequente a irradiação para os braços, cefaléia e parestesias.
    • Fatores de risco: sedentarismo e tabagismo.
    • Grandes hérnias discais podem causar a síndrome da cauda equina:
      • Dor e distúrbios sensitivos nas duas pernas;
      • Anestesia perianal (“em sela”);
      • Incontinência urinária e ou fecal;
      • Lombalgia;
      • Déficit motor bilateral significativo;
      • Disfunção sexual.
       
  • Hérnia de Disco Intervertebral: EVOLUÇÃO DA LESÃO

    • Disco Normal
    • Degeneração Discal
    • Protução Discal
    • Extrusão Discal
 
    • Sequestro Discal

Principais Doenças Relacionadas ao Nervo Ciático

Principais Doenças Relacionadas
  • Estenose Degenerativa do Canal Lombar:
    • Estreitamento do canal vertebral em sua porção central, dos recessos laterais ou do forame intervertebral = COMPRESSÃO.
    • Protusões discais, osteófitos, hipertrofias ligamentares, instabilidade ou espondilolistese podem comprimir o saco dural.
    • Mais comum: L4-L5 e L3-L4.
    • Claudicação neurogênica é clássica: dor episódica e progressiva na região lombar e glútea além de MMIIs.
    • Déficit motor é precipitado pelo caminhar, pelo ortostatismo constante e posição deitada.
    • Alivio da dor: posição sentada, agachamento ou flexão das pernas.
    • Diferente da hérnia, a dor tem início gradual e piora progressivamente.
    • Raro: distúrbios esfincterianos e impotência.
  • Estenose do canal lombar

  • Espondilolistese:
    • Deslizamento ou subluxação anterior de um corpo vertebral superior sobre o inferior.
    • Pode haver compressão da cauda equina, raízes...
    • Etiologia: alterações degenerativas e defeitos ósseos congênitos na porção interarticular.
    • Classificação:
      • Ístmica: defeito lítico (fratura por estresse – L5-S1);
      • Degenerativa: idosos, resulta de instabilidade segmentar de longa duração com remodelação dos processos articulares locais (L4);
      • Traumática.
      • Patológica.
      • Displásica.
    • Clínca:
      • Dor lombar.
      • Claudicação neurogênica.
      • Radiculopatia.
      • Disfunção vesical e intestinal (rara).
  • Espondilose Cervical:
    • Processo degenerativo não específico da coluna cervical resultando em graus variados de estenose (canal central ou forames radiculares).
    • Fatores desencadeantes: degeneração discal crônica com protusão, osteófitos e hipertrofia da lâmina, facetas e ligamentos. Perda da lordose cervical e subluxação do corpo vertebral.
    • Síndromes Clínicas Relacionadas:
      • Síndrome da Lesão Transversa;
      • Síndrome do Sistema Motor;
      • Síndrome Medular Central;
      • Síndrome de Brown-Séquard;
      • Síndrome Medular com Braquialgia.
    • Início insidioso, cervicalgia é incomum;
    • Parestesias nos MMSSs.
    • Dificuldade do controle motor fino das mãos.
    • Instabilidade das pernas com prejuízo de marcha.
    • Parestesias nos pés.
    • Fase avançada: perda do controle esfincteriano, perda de força e espasticidade.
    • + Comum: C5-C6, C6-C7 e C3-C4.
Diagnóstico
  • Doença Degenerativa Lombar:
    • RX lateral em flexoextensão da coluna.
    • TC ou Mielo-TC.
    • RNM.
    • ENM: útil em pacientes candidatos à cirurgia.
  • Doença Degenerativa Cervical:
    • RX em flexão e extensão.
    • TC e Mielo-TC visualiza medidas dos canais, calcificações.
    • RNM.
    • ENM: pode excluir ELA, túnel do carpo,...





Diagnósticos Diferenciais
  • Bursite trocantérica.
  • Abscessos ou hematomas de Psoas.
  • Neuropatia femoral diabética.
  • Fraturas patológicas.
  • Neoplasias: linfomas.
  • Doenças reumatológicas inflamatórias (espondilite anquilosante).
  • Vasculites.
  • EM e Siringomielia.
  • Infecções: Lyme, Herpes, TB, LUES.
Tratamento
  • Manejo Conservador vs. Cirúrgico.
  • História Clínica + Exame Físico + RNM.
    • Radiculopatias Lombossacrais:
      • Conservador: retorno gradual às atividades normais, sem muito repouso + informações educativas; analgesia (AINES) ou acetaminofeno, ciclobenzaprina e opióides. Fisioterapia para dor persistente; acupuntura; injeções intradurais de corticóides (?)
      • Cirurgia: início ou progressão de déficit motor significativo; dor grave intratável; progressão da dor com manejo conservador ou falha deste por 6-12 semanas. SÍNDROME DA CAUDA EQUINA = manejo de emergência!!!
    • Radiculopatias Cervicais:
      • Conservador: sugerido inicialmente caso não haja déficit neurológico progressivo; indica-se AINES, ciclobenzaprina, prednisona oral (curto período). Fisioterapia gradual, colar cervical temporário, acupuntura, infiltração com corticóides e tração cervical podem ser indicados.
      • Cirurgia: seu benefício é incerto! Recomendado apenas para falha do tratamento conservador da braquialgia por no mínimo 6-12 semanas e déficit motor progressivo e ou incapacitante.
    • Estenose Degenerativa do Canal Lombar:
      • Conservador: sugerido inicialmente para pacientes com claudicação neurogênica sem déficits neurológicos fixos ou progressivos. AINES, fisioterapia para reforço muscular e correção postural são indicadas. NÃO há evidências de benefícios em infiltrações peridurais com corticóides.
      • Cirurgia: apenas na falha do tratamento conservador; dor incapacitante ou permanente; déficit motor significativo e ou progressivo e distúrbios esfincterianos.
    • Mielopatias Espondilóticas Cervicais:
      • Conservador: indicado em mielopatias leves e não-incapacitantes com imobilização cervical intermitente, manejo da dor, restrição das atividades de risco ou agravantes. FISIOTERAPIA é CONTRA-INDICADA!!! Metilprednisolona em até 8h (30mg/Kg em bolus + 5,4mg/Kg/h nas primeiras 23h) + avaliação de neuroimagem + neurocirúrgica nos casos de piora aguda!!!
      • Cirurgia: seu benefício é incerto! Indicada em mielopatias progressivas e ou moderadas a grave causando déficits neurológicos incapacitantes; mielopatias estáveis mas com fator de risco para deterioração.
Prognóstico
  • >85% dos pacientes com lombociatalgia por hérnias discais resolvem em 6-8 semanas com TTO conservador.
  • 2/3 mostram RNM com regressão do disco herniado.
  • Com ou sem cirurgia 80% terão recorrência.
  • Agudamente (3 meses) há benefícios na neurocirurgia, porém....
  • ...após 2 anos, tanto os pacientes em TTO conservador quanto os cirúrgicos apresentam os mesmos prognósticos.
  • Maioria das hérnias cervicais melhoram espontaneamente, sem tratamento algum!
  • Cirurgia melhora a braquialgia, porém, não aquela paresia já instalada.
  • Nas mielopatias espondilóticas cervicais:
    • Fisiopatologia ainda muito indefinida!
    • Alguns pacientes estabilizam enquanto outros apresentam piora súbita...
    • Neurocirurgia: ??

MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS

MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS

Parada Respiratória ___________________________________________
DEFINIÇÃO
É uma situação em que o paciente pára de respirar.
Esta situação é percetível quando:
- O tórax da vítima não se mexer
- Os lábios, língua e unhas ficam azulados
CAUSAS
Intoxicação por gases venenosos, afogamento, traumatismo craniano, espasmos ou edemas da glote, presença de corpo estranho nas vias respiratórias, etc.
CONDUTA
- Levar a vítima para um lugar arejado e não contaminado
- Iniciar a respiração boca-a-boca:
    - Deitar a vítima de costas sobre uma superfície dura
    - Afrouxar a roupa e retirar próteses
    - Desobstruir vias aéreas superiores
    - Colocar a vítima com o rosto voltado para cima e cabeça inclinada para trás

- Tampar as narinas da vítima com o indicador e o polegar e abrir-lhe completamente a boca

- Encher bem os pulmões de ar
- Colocar sua boca sobre a vítima, sem deixar frestas e soprar com força até notar que seu tórax se levanta

- Retirar a boca, destampar as narinas da vítima e observar o esvaziamento dos pulmões, enquanto você inspira novamente
- Repetir o movimento 15 vezes por minuto

Observação
No caso de criança, deve-se envolver a boca e o nariz da criança com a sua boca, introduzindo pouco ar, com muito cuidado, no pulmão da Mesma. O ritmo em criança deve ser de uma vez a cada 3 segundos.
Introdução do laringoscópio nas posições anatômicas.
Parada Cardíaca ______________________________________________
DEFINIÇÃO
É a situação na qual o paciente deixa de apresentar batimentos cardíacos
CAUSAS
Choque elétrico, afogamento, doença cardíaca, traumatismo violento, etc.
CONDUTA
- Colocar a vítima deitada sobre superfície dura
- Colocar suas mãos sobrepostas na metade inferior
do esterno
- Os dedos devem ficar abertos e não tocar na parede do tórax

- Fazer a seguir uma pressão com bastante vigor para que se abaixe o esterno, comprimindo o coração de encontro à coluna vertebral. Descomprimir em seguida

- Repetir a manobra tantas vezes forem necessária (cerca de 60 por minuto)
Observação
A massagem cardíaca deverá ser exercida com força, por apenas uma das mãos e, em bebês, a força deverá ser exercida somente com dois dedos. O ritmo deverá ser de 8 vezes por minuto

Observe a figura abaixo: Palpação da artéria carótida.

Ressuscitação Cardiopulmonar __________________________________
Caso se verifiquem paradas respiratória e cardíaca ao mesmo tempo, o procedimento deve ser combinado - massagem cardíaca e respiração boca-a-boca, conforme orientação abaixo:
- Executar 15 manobras de massagem cardíaca e, em seguida, soprar 2 vezes a boca da vítima, usando o método boca-a-boca, quando houver apenas um socorrista.

Na presença de 2 socorristas, fazer 5 massagens para cada manobra de respiração

- A manobra deve ser feita quantas vezes for necessária para o restabelecimento dos movimentos respiratórios e movimentos do coração, sempre no mesmo ritmo
Fraturas _____________________________________________________
CAUSAS:
As fraturas são ocasionadas por violências externas, movimentos anormais ou enfermidade dos ossos
TIPOS:
Fechadas: quando o osso se quebra, mas a pele não é perfurada Expostas: quando o osso está quebrado e a pele rompida
SINTOMAS:
Suspeita-se de fratura, quando houver dor local, deformação, incapacidade de movimentação, posição anormal ou sensação de atrito no local suspeito
CONDUTAS:
Fratura Fechada:
- Colocar o membro afetado em posição natural, sem desconforto para a vítima. Imobilizar a articulação acima e abaixo da fratura com tala (tábua, papelão, vareta de metal, etc.), amarrada com ataduras ou tiras de pano
Fratura Exposta
- Colocar gaze ou pano limpo sobre o ferimento, de maneira a deixá-lo aberto - Manter a vítima deitada e proceder como nas fraturas fechadas, imobilizando com talas. Em caso de fraturas com hemorragia, estancar a mesma.
FRATURAS ESPECIAIS - CONDUTA:
Fraturas de Coluna
- Manter a vítima imóvel. Transportar a vítima em maca rija
- Em caso de lesão no pescoço, não mover a cabeça da vítima
Fraturas de Crânio
- Manter a vítima deitada de lado, para que a língua não caia para trás, bloqueando a passagem do ar. Manter a vítima aquecida. Controlar a perda de sangue do ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo. Não mover a cabeça ou qualquer outra parte do corpo da vítima, se ela estiver sangrando pelo nariz, boca ou ouvidos
Procure Socorro Médico com Urgência
Ferimentos ___________________________________________________
DEFINIÇÃO:
É uma quebra de integridade dos tecidos internos ou externos do corpo.
CLASSIFICAÇÃO:
Abertos: facilmente identificáveis, são quebras da pele ou da mucosa.
Fechados: ocorrem com tecidos debaixo da pele, incluindo órgãos internos (fígado, baço, etc.).
CONDUTA:
- Limpar o ferimento com água limpa
- Proteger o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo
- Não tocar o ferimento com os dedos ou material sujo
- Não colocar pomadas, açúcar, café ou quaisquer outras substâncias
Procure Socorro Médico
FERIMENTO ESPECIAIS - CONDUTA:
Ferimento nos Olhos:
- Não esfregar os olhos
- Tampar a região com gaze esterilizada ou pano limpo
- Fixar o tampão com venda ou adesivo
Sangramento no Nariz:
- Manter a vítima quieta e aplicar pressão sobre o lado do nariz que sangrar
- Colocar gelo sobre o local
Lesões no Tórax:
- Colocar sobre o ferimento um curativo ou uma toalha ou mesmo a própria mão, para impedir a penetração ou saída de ar pelo ferimento. Se houver falta de ar, soltar uma das extremidades do curativo
Procure Socorro Médico Urgente
Ferimento no Abdome:
- Quando houver saídas de alças intestinais ou outros órgãos, cobrir com toalha limpa ou umedecida e transportar rapidamente para o hospital
Ferimento na Cabeça:
- Se o paciente estiver inconsciente ou agitado, deitá-lo de costas, facilitar sua respiração e afrouxar suas roupas
Procure Socorro Médico Urgente
Contusões:
- Quando o local do ferimento ficar arroxeado, é sinal de que houve hemorragia por baixo da pele
- Aplicar compressas frias ou gelo, até diminuir a dor ou o inchaço
- Posteriormente, podem ser aplicadas compressas mornas para facilitar a cura
Hemorragias __________________________________________________
DEFINIÇÃO:
É a perda de sangue devido ao rompimento de um ou mais vasos sangüíneos
CLASSIFICAÇÂO:
Internas: difíceis de serem reconhecidas - hemorragia pulmonar, gástrica, intra-abdominal, etc Externas: facilmente reconhecidas
GRAVIDADE:
A hemorragia pode ser extremamente grave e levar a vítima à morte devido à quantidade de sangue perdido
TÉCNICAS DE DETENÇÃO DE HEMORRAGIAS:
Deter ou diminuir a perda sangüínea:
- Elevar o braço ou a perna quando estiverem sangrando
- Tamponamento com gaze ou pano limpo, fazendo pressão sobre o ferimento e amarrando, bem firme, com atadura ou faixa de pano
- Aplicar torniquete só em caso extremo, como em amputação de braço ou perna
Procure Socorro Médico Urgente
Convulsão __________________________________________________
DEFINIÇÃO:
É a contração involuntária da musculatura, provocando movimentos desordenados, com ou sem perda da consciência.
CAUSAS:
Febre alta (em crianças), epilepsia, tumores e doenças cerebrais, meningite e traumas cranianos
SINTOMAS:
- Corpo da vítima é sacudido por espasmos incontroláveis
- Pode ocorrer palidez intensa e lábios azulados
- Pode ocorrer eliminação de fezes e urina
- Dentes travados, salivação abundante
CONDUTA:
- Proteger a vítima de quedas e colocá-la em lugar confortável
- Desapertar a roupa
- Afastar objetos próximos, para que não se machuque
- Colocar um lenço enrolado ou outro objeto entre os dentes da vítima, para impedí-la de morder a língua
NÃO:
- Não segurar a vítima (deixar que ela se debata)
- Não pôr os dedos na boca da vítima
Ao terminar os espasmos, acomodar a vítima em posição confortável
Procure Socorro Médico
Queimaduras ________________________________________________
DEFINIÇÃO
São lesões nos tecidos, produzidas pela ação do calor.
CAUSAS
Líquidos quentes: água, leite, óleo fervente, etc.
Sólidos quentes: ferro de passar, panelas, etc.
Gases: explosão de caldeira, de panela de pressão e álcool.
Irradiação: causada pelo sol, lâmpadas de ultravioleta, radioatividade.
Substâncias químicas: soda cáustica, ácido sulfúrico, etc.
Eletricidade
CLASSIFICAÇÃO
1o. grau: lesão das camadas superficiais da pele: vermelhidão e dor local.
Ex: queimadura causada pelos raios solares
2o. grau: lesão das camadas mais profundas da pele: formação de bolhas, desprendimento de camadas da pele
3o. grau: lesão de todas as camadas da pele, podendo atingir tecidos mais profundos até o osso
CONDUTA
- Aliviar a dor, aplicando compressas frias ou água corrente
- Se possível, cobrir a queimadura com vaselina esterilizada ou pano limpo e úmido
- Dar líquido ao paciente, se ele estiver consciente
Notas
Não pôr pomadas, ungüentos, pó de café, açúcar, etc, na queimadura.
Não furar as bolhas
Transporte ____________________________________________________
A movimentação ou transporte de um acidentado ou doente deve ser feito com cuidado, a fim de não complicar as lesões existentes
Antes de Providenciar a Remoção da Vítima
- Controlar a hemorragia
- Manter o paciente deitado e calmo
- Imobilizar todos os pontos suspeitos de fraturas
A maca é o melhor meio de transporte
Pode-se fazer uma boa maca, abotoando-se duas camisas ou um paletó em duas varas ou bastões resistentes ou, ainda, usando uma tábua larga

Ao remover ou transportar a vítima, obedecer às seguintes orientações:
Levantar a vítima com segurança
Se o ferido tiver de ser levantado antes de um exame para verificação das lesões, cada parte do corpo deve ser apoiada. O corpo tem de ser mantido sempre em linha reta, não devendo ser curvado.
Puxar o ferido para local seguro
Nunca puxar a vítima pelos lados.

Puxar pela direção da cabeça ou dos pés. Certificar-se de que a cabeça está protegida

Como transportar a vítima
Ao remover um ferido para um local onde possa ser usada maca, adotar o método de uma, duas ou três pessoas para o transporte da vítima, dependendo do tipo de gravidade da lesão, da ajuda disponível e do local (escadas, paredes, passagens estreitas, etc.).
Os métodos que empregam um ou dois socorristas são corretos para transportar uma pessoa que esteja inconsciente devido a afogamento ou Asfixia.
Todavia, não servem para carregar um ferido com suspeita de fraturas ou outras lesões graves. Em tais casos, usar sempre o método de três socorristas
Empregar um dos métodos abaixo, conforme o caso:
- Transporte da apoio
- Transporte de cadeirinha
- Transporte em cadeira
- Transporte em braço
- Transporte nas costas
- Transporte pelas extremidades
O transporte de acidentados em veículos (ambulâncias ou carros) merece também cuidados: evitar freadas bruscas e balanços contínuos, que poderão agravar o estado da vítima.
Lembrar-se de que o excesso de velocidade, longe de apressar o salvamento do acidentado, poderá causar novas vítima.
Acesso Arterial – Artéria Radial
Cricotireoidostomia – Acesso: entre a cartilagem tireóide e a cartilagem cricóide.
ESCORES DE TRAUMA

Nos últimos 25 anos, foram desenvolvidos vários escores de trauma com o objetivo de graduar e estratificar as lesões dos pacientes politraumatizados.
Idealmente, estes sistemas de escore definem a extensão da lesão, predizem a morbi-mortalidade e servem como bases de comparação entre pacientes e instituições.

Os escores de trauma podem ser divididos em 3 grupos:
     ANATÔMICOS

Os escores Anatômicos se baseiam no local da lesão ou no órgão acometido, usualmente não são completos até a alta hospitalar, porque a total extensão das lesões podem não ser determinadas até muitos dias da admissão
     FISIOLÓGICOS
Os Fisiológicos avaliam a resposta orgânica ao trauma, medida principalmente através dos sinais vitais, são usados para triagem no local do acidente.
     MISTOS
Os escores Mistos empregam associações entre escores anatômicos e fisiológicos.
Escores Anatômicos:
     Abbreviated Injury Score(AIS)
     Injury Severity Score(ISS)
     Penetrating Abdominal Trauma Index (PATI)
     Perfil Anatômico(AP)
     International Classification of Diseases (ICD-9)
O AIS, o 1º índice anatômico, foi publicado em 1971, e após houve 6 revisões. A mais recente é de 1990, classificando mais de 1300 lesões em 6 níveis de severidade de lesão-menor a fatal com valores medidos em cada lesão. Os escores eram originalmente baseados em 4 critérios:
     Ameaça à vida;
     Dano permanente;
     Período de tratamento;
     Dissipação de energia.
As lesões eram caracterizadas em 6 regiões corporais diferentes:
Escores
1-Menor
2-Moderado
3-Severo
4-Severo-ameaça à vida
5-Crítico-sobrevida incerta
6-Não sobrevivente


Regiões
Crânio/Pescoço
Face
Toráx
Abdome /Pelve
Extremidades/ Pelve Óssea
Geral/ Externa
Baker e als., baseado no AIS, montou o ISS. Após cada lesão ser classificada, estas são agrupadas por região corporal, semelhante ao AIS, sendo que somente valores de 1 a 5 são utilizados. Os escores, do AIS, das três regiões mais severamente lesadas são somadas, sendo que cada escore é elevado ao quadrado. O escore mais alto possível é 75. Se uma lesão letal esta presente(ex. decapitação) ou um AIS de 6, o paciente automaticamente entra no escore 75.
Por exemplo:
Paciente com ruptura esplênica, fraturas de costelas, contusão pulmonar e fratura de fêmur.
Abdome- ruptura esplênica AIS 2
Extremidade- fratura fêmur AIS 3
Tórax- fratura de costelas(3) AIS 2
Contusão pulmonar AIS 3

ISS= 22 + 32 + 32 = 22

Um ISS > ou = 20 é considerado um trauma maior e um aumento no ISS está associado com um aumento na taxa de mortalidade. Inicialmente o AIS não foi incluído para trauma penetrante, mas após 1985 ele foi revisto e concluiu-se que um aumento nos seus valores estava associado a um aumento na taxa de mortalidade, apesar de não ser de uma forma linear, talvez pelo pequeno número de pacientes com altos escores de ISS. Ele não considera múltiplas lesões dentro de uma mesma área anatômica, como é comum no trauma penetrante, e as lesões são classificadas com o mesmo escore, apesar de não terem a mesma taxa de mortalidade. Além disto, o ISS não pode ser calculado até todas lesões terem sido definidas, não podendo ser usado, portanto para triagem no local do acidente ou para ser usado em decisões precoces. Contudo, ele serve para avaliação de resultados em estudos, medir a qualidade e comparação entre várias instituições.

Codificação das lesões
Gravidadelevemoderadagrave s/risco de vidagrave c/risco de vidacrítica
(ISS)12345
Regiões do Corpo

Cabeça/Pescoço
Face
Tórax
Abdome /Pelve
Extremidades / Pelve Óssea
Geral ou Externa
ISS= soma dos escores máximos ao quadrado das 3 regiões mais afetadas

Escores de Severidade para Morbidade:
Sistemas de Escores Anatômicos:
PATI e ATI: a tendência do AIS em subestimar a severidade de múltiplas leões em uma única região e a necessidade dos escores em predizer complicações sépticas, estimulou Moore a desenvolver o PATI. O PATI assinala um fator de risco de 1 a 5 para cada órgão intra-abdominal. Este número era multiplicado por um 2° fator baseado na severidade da lesão. A soma de todos escores correlaciona-se com subsequentes complicações, como abscessos, fístulas, infecção de feridas operatórias...
Em 1990, um grupo de cirurgiões de Denver, desenvolveu o ATI. Usando análise de regressão logística, cada órgão teve novos coeficientes baseados no risco de sepse abdominal.
O ATI é muito útil em prever complicações pós lesão, em pacientes submetidos à laparotomia, mas não inclui outros fatores, como idade, lesões associadas,....
Pacientes com ATI >25 tem maior chance de desenvolver complicações sépticas.
Perfil Anatômico(AP):
Todas as lesões sérias são classificadas em 4 escores (A,B,C,D)-
A: medula espinhal e crânio;
B: Tórax e região anterior do pescoço;
C: Abdomem, pelve, coluna e outras lesões sérias;
D: Lesões não sérias.
Todos AIS em cada compartimento é elevado a 2 e somados. A raiz quadrada da soma é igual ao escore de cada área. Ex.: Paciente com 2 AIS 5 e 1 AIS 3 no componente A, tem o valor de A=(5+5+3)=7.68
O valor do AP, é que ele classifica as lesões por regiões corporais e providencia uma descrição anatômica das lesões mais precisas do que o ISS.
International Classification of Diseases (ICD-9):
Somente classifica as lesões, não tendo a severidade como parâmetro.

Escores Fisiológicos:
     Trauma Score(TS)
     Revised Trauma Score(RTS):
Os escores fisiológicos usam várias combinações de medidas do SNC, CV e Respiratório, associados a outros parâmetros, como achados abdominais, mecanismo de lesão e região.
Seu maior uso tem sido como triagem pré-hospitalar, pois podem ser rapidamente tabulados no local do acidente. Podem, contudo, estar alterados com a entubação oro-traqueal, uso de álcool ou drogas. Além disto, respostas fisiológicas podem mudar pelas medidas de ressuscitação ou hemorragia que não foi controlada.
O RTS foi desenvolvido a partir do TS, somente não incluindo o enchimento capilar e a expansão pulmonar como dados, visto a subjetividade destes. Utiliza-se como parâmetros a freqüência respiratória, PAS e a Escala de Glasgow. O escore máximo no TS é 12 e no RTS é 7,84. O cálculo é baseado na seguinte fórmula:
RTS=0,9368 x GCSc + 0.7326xSBPc + 0.2908 RRc
Revised Trauma Score
Glasgow Coma ScalePressão Arterial SistólicaFreqüência RespiratóriaValor
13-15> 8910-294
9-1276-89>293
6-850-756-92
4-51-491-51
3000

Escala de Glasgow:
É uma medida de resposta do SNC.
Coma – Avaliação do grau de consciência num Pronto Socorro:
Escala de Glasgow
A) Abertura ocular
    4. Espontânea
    3. Ordem verbal
    2. Dor
    1.Sem resposta
B) Melhor resposta verbal
    5. Orientada
    4. Confusa
    3. Inapropriada
    2. Incompreensível
    1. Sem resposta
C) Melhor resposta motora
    6. Obedece comando verbal
    5. Localiza a dor
    4. Flexão normal (inespecífica)
    3. Flexão à dor (decorticação)
    2. Extensão à dor
    1. Sem resposta

Como podemos perceber sua variação de Score vai de 3 a 15.
Verificar no mínimo a cada 12 horas.

Escores Mistos:
     TRISS
     OPS (Outcome Predictive Score)
A metodologia do TRISS foi desenvolvida para levar em conta as vantagens dos sistemas anatômicos e fisiológicos. O TRISS estima a probabilidade de sobrevida, levando em conta o RTS, ISS, a idade do paciente e o mecanismo de lesão. A probabilidade de sobrevida é calculada com a fórmula:
Ps = 1/1 + e(na potência b) onde : e=2.7183
b= b0 + b1 x RTS + b2 x ISS + b3 x A
A= idade- <54>54=1
b0 a b3 são coeficientes derivados de análise de regressão logística, sendo que os valores são calculados no trauma penetrante ou contuso de forma separada.
Tabela TRISS
bb1(RTS)b2(ISS)b3(A)
Contuso-1.24700.9544-0.0768-1.9052
Penetrante-0.60291.1430-0.1516-2.6676

O TRISS permite a comparação da mortalidade entre instituições, controlando a severidade das lesões e também a qualidade dos programas instituídos. Quando colocados RTS e ISS num gráfico, temos o perfil dos pacientes que não devem sobreviver, bem como os que devem sobreviver.
O TRISS é um bom método de prever a taxa de sobrevida, mas é limitado na previsão de tempo de internação e não foi empregado como previsor de morbidade.