Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

BRONQUIOLITES – ELAS ANDAM AÍ...

Autor: Dr Hugo Rodrigues

Fonte: http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2017-01-25-Bronquiolites--elas-andam-ai

Hugo Rodrigues é pediatra no hospital de Viana do Castelo e docente na Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Porto e na Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho. Pai (muito) orgulhoso de 2 filhos, é também autor do blogue "Pediatria para Todos" e do livro "Pediatra para todos"


As bronquiolites são situações extremamente comuns em Pediatria e, particularmente nesta altura do ano, são das causas mais frequentes de recurso aos serviços de urgência e de internamento.

A bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos, que são as ramificações terminais dos brônquios e são uma espécie de “tubos” muito estreitos com paredes finas, por onde o ar chega aos alvéolos pulmonares (local onde ocorre a “captação” de oxigénio do ar ambiente para o sangue). Essa inflamação é desencadeado por uma infecção vírica e afecta tipicamente os bebés pequenos, particularmente no primeiro ano de vida. É uma situação muito comum nos meses de inverno, embora por vezes surja também no outono e primavera e, em Portugal, costuma ter um claro pico de incidência entre janeiro e fevereiro.
É uma doença heterogénea e, apesar de geralmente não ser muito grave, há casos em que pode ser bastante complicada, particularmente em bebés de risco (prematuros, com baixo peso ao nascer e crianças com doenças crónicas, por exemplo).
Por definição afecta crianças até aos dois anos de idade e caracteriza-se por um conjunto de sinais e sintomas, dos quais os mais comuns são os seguintes:
- Nariz entupido e secreções nasais – sempre presentes nos primeiros 2-3 dias de doença
- Pieira (vulgarmente designada por “chiadeira”) – barulho expiratório semelhante a um assobio
- Dificuldade respiratória – abrir e fechar as narinas com a respiração ou ter a pele entre as costelas a ir para dentro e para fora com os movimentos respiratórios
- Tosse
- Dificuldade na alimentação
- Apneias (paragens respiratórias) – mais frequentes nos ex-prematuros e bebés pequenos
- Febre – variável, geralmente não é muito alta
O diagnóstico desta situação é clínico, ou seja, é feito apenas com base nos sintomas apresentados e na auscultação pulmonar, pelo que não é necessário o recurso a análises, radiografia pulmonar ou outros exames.
Relativamente ao tratamento da bronquiolite, é uma área um pouco controversa e que sofreu mudanças significativas nos últimos anos, pelo que importa reforçar alguns conceitos que me parecem fundamentais. Apesar de ser uma situação que, tradicionalmente, era sempre tratada com nebulizações ou tratamentos semelhantes, actualmente as recomendações são diferentes. Assim, na maior parte dos casos não se recomenda fazer nenhum tipo de tratamento, pois os estudos recentes demonstraram que, para além de não terem grande eficácia, podem ainda ter alguns efeitos laterais desnecessários. O único tratamento que é provadamente eficaz é a administração de oxigénio quando este se encontra reduzido no sangue da criança. No entanto, quando se trata de uma criança com mais de seis meses, que já teve episódios anteriores semelhantes, pode ser lícito testar a administração de um medicamento que ajude a “abrir” os bronquíolos, seja através de nebulização ou então através da aplicação com uma câmara expansora. Nesses casos, se a criança melhorar pode-se continuar o tratamento, mas se isso não se verificar não se justifica mantê-lo. É a chamada prova terapêutica.
Uma vez que se trata de uma infecção vírica, não precisa nunca de antibiótico, exceto nos casos (pouco frequentes) em que existe uma complicação associada, tal como uma otite ou pneumonia, por exemplo.
Apesar de não ser fácil, é uma situação em que é fundamental saber esperar e aguardar que o tempo faça o seu efeito, pois é ele que cura verdadeiramente as bronquiolites, por muito estranho que isso possa parecer à maior parte dos pais.
A maioria das situações são tratadas em casa, mas há alguns casos que podem necessitar de internamento e geralmente são os seguintes:
- Bebés pequenos (idade inferior a três meses)
- Níveis baixo de oxigénio no sangue
- Dificuldade respiratória marcada
- Dificuldades significativas na alimentação
- Ansiedade dos pais – está é uma situação que pode criar muito desconforto, aos pais por verem os filhos com dificuldade a respirar e, nos casos em que eles não estejam a conseguir lidar de forma eficaz com a doença, pode fazer sentido o internamento para poder ajudar toda a família a ultrapassar o episódio
Assim, em jeito de conclusão, gostaria apenas de realçar a ideia de que, apesar de muitas vezes as crianças com bronquiolite terem alguma dificuldade respiratória, na maioria das vezes não são situações muito graves e, geralmente, passam por si sem necessidade de nenhum tipo de tratamento.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Fisioterapia prepara su propia Comisión para crear 10 especialidades

Fonte: http://www.redaccionmedica.com/secciones/otras-profesiones/fisioterapia-prepara-su-propia-comision-para-crear-10-especialidades--2019

Autor: JOSÉ A. PUGLISI

Fisioterapia quiere sumarse a la formación sanitaria especializada. Miguel Villafaina, presidente del Consejo General de Colegios de Fisioterapeutas de España, revela a Redacción Médica que ha solicitado una reunión con la ministra Dolors Montserrat para agilizar la creación de la Comisión Nacional de Fisioterapia, institución a través de la que buscarían aumentar la oferta de la formación sanitaria especializada con 10 nuevas disciplinas vinculadas con esta área de conocimiento.

Para Villafaina es fundamental que Sanidad anuncie qué directores permanecerán en sus cargos durante la próxima legislatura, lo que permitirá cerrar encuentros con el objetivo de consolidar la Comisión Nacional de Fisioterapia. Una institución que sería su puerta de entrada a la formación sanitaria especializada, donde les gustaría contar con 10 especialidades resumidas en dos grandes grupos:traumatismos y patologías neuronales. Sin embargo, no todas nacerían a la vez, sino que hay cuatro que tendrían mayor protagonismo.

“Estamos trabajando en la creación de las especialidades de Fisioterapia Neurológica;  Uroginecológica y Obstétrica; Cardiorrespiratorio; y Comunitaria, donde quisiéramos que los fisioterapeutas no solo cuenten con una labor asistencial en Atención Primaria, sino que también desempeñen importantes labores de prevención”, ha adelantado a este medio el presidente del Consejo General de Colegios de Fisioterapeutas de España. Sin embargo, estas  no son las únicas.

La presidenta de la Sociedad Española de Fisioterapia en Pediatría, Lourdes Macías, ha mostrado su satisfacción por el proyecto de crear una Comisión Nacional. A su parecer, hay siete disciplinas que deberían ser básicas en el creación de especialidades: Pediatría, Técnicas Manuales, Músculo-esquelético, Geriatría, Neurocirugía en personas mayores (que podría estar en la misma área que Geriatría), Deportiva, y Respiratorio. En este sentido, se promueve una presencia completa en la oferta especializada.